Infogação – Infodrown
Hoje meditei sobre um novo termo: INFOGAÇÃO
Esse neologismo explicaria uma realidade atual que atinge milhões de internautas, consequencia da exposição contínua às informações divergentes, principalmente no campo teo-filosófico.
INFOGAÇÃO e se afogar nas informações por incapacidade de processá-las dada a rapidez do “input”.
Num passado recente, para alguém escrever um livro ou publicar artigos que alcançassem um pequeno público da população mundial, o autor ou pensador precisaria passar pelo crivo da crítica, da história, das diversas correntes de pensamento e ter dinheiro ou patrocínio para isso. Quem não tinha o que falar, se falasse, não seria ouvido.
Hoje, as artes e pensamentos que têm acesso à internete, têm uma exponenciação virótica, inclusive, e talvez principalmente, quando são de mal gosto, pois a maior parte da população mundial não é culta, pois é curta de entendimento e não foi exposta à lidar com ideias. Como alguém disse: “Os simples conversam sobre coisas, os inteligentes sobre pessoas e os sábios sobre ideias”.
Assim, uma quantidade imensurável de ideias, boas e más, sábias e extremamente estúpidas, se entrelaçam sem a menor censura e se estabelecem nesses que se infogam nas incongruências mentais feito um busca pé cerebral que por sua natureza tem sua trajetória randômica, podendo até implodir o neo-pensante.
Como resultado religioso, ao invés de pessoas se aterem às fronteiras teológicas existentes há séculos e rebuscadas por obras de pensadores profundamente imbuídos na arte do pensar, elas se atolam em pensamentos divergentes e autodestrutivos, pois se pesquisarem mais um pouco viriam que não são passiveis de harmonia, pois a supremacia de uma ideia inexoravelmente destruirá a outra. Dessa forma, essas postagens e a divulgação de tanta ideia ruim, correntes de pensamento insustentáveis e pior ainda, ensinos teológicos heréticos, acham solo fértil em incautos que não só se tornam vetores como defensores de novas doenças de pensamento.
Nem tudo é bom, nem tudo é sabedoria, nem tudo que reluz é ouro. O relativismo é uma palavra mal entendida. Nem tudo é relativo. Existem verdades absolutas. O campo das ciências exatas não pode tentar aplicar suas regras à filosofia e muito menos à teologia. Ter uma opinião não faz dela uma regra, uma lei ou a verdade. Tenho receio aonde a relatividade de pensamentos, ideias, ações, padrões culturais aplicados fora de sua cultura e/ou época, levarão esse povo em algumas décadas.
Como está escrito no Livro das Mortos do antigo Egito. Sinto-me sozinho no meio de uma multidão. Creio que a globalização tem agido aproximando as pessoas pela internet e pela facilidade de transporte. Em contra partida nos afasta de nosso próximo pela mudança da vida social humana para a cibernética.
Os infogados morrem intelectualmente antes de nascerem! Quando o brega vira chique, e a heresia se veste de verdade, está na hora de refletir. Refletir o saber e a revelação, e procurá-los como alguém procura por um tesouro. Em resumo, o que vale é buscarmos boas fontes do que aprendemos e fazemos, provar os espíritos e reter o que é bom.
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